Os imóveis antigos que se encontram em áreas nobres de São Paulo, como os bairros dos Jardins, por exemplo, são considerados mais baratos em relação aos imóveis novos na região pela falta de opções de lazer em suas áreas comuns e pelo preço do condomínio, que pode chegar a custar o dobro do valor cobrado nas taxas dos condomínios mais recentes.
A embriologista Mariana Moraes Piccolomini, ao ter a opção de morar em um apartamento da família que se localizava nos Jardins ou comprar um novo apartamento na Vila Mariana, optou pelo segundo. A escolha se justificou pela falta de infraestrutura de lazer no primeiro e pelo preço alto do condomínio, que não valeria a pena ser pago pela falta de benefícios. O condomínio do prédio da família de Mariana chega a R$ 5.700.
O preço do condomínio em empreendimentos antigos em áreas nobres
Segundo levantamento feito pela plataforma imobiliária Loft, o preço médio do condomínio por metro quadrado em apartamentos que superam 125 m² na região dos Jardins fica em torno de R$ 14,47. Na região de Pinheiros, o valor médio da taxa cobrada em imóveis do mesmo tamanho chega a R$ 3.914.
Apesar de a maioria das edificações em bairros nobres, como o Jardins, estarem conservadas, o envelhecimento dos prédios aliado à falta de investimentos em estrutura de lazer nos condomínios geram custo de manutenção alto e tornam os imóveis antigos menos atrativos para moradia. O valor do metro quadrado de um prédio novo, por outro lado, chega a ser o dobro do preço em relação aos condomínios antigos.
O público que procura empreendimentos antigos
Embora os empreendimentos imobiliários mais novos tragam o conceito de “condomínio clube”, algumas pessoas não buscam essa estrutura completa de lazer em suas áreas comuns. Para essas pessoas, basta ter uma academia, piscina e salão de festas.
Para Felipe Miguez, líder de desenvolvimento residencial da Tellus, os condomínios antigos têm o seu público, apesar de serem mais baratos das regiões em que são encontrados, pois são empreendimentos distintos, pensados para públicos diferentes.
O papel dos síndicos no investimento em melhorias dos condomínios
A melhoria e a modernização dos empreendimentos imobiliários antigos pode ser feita por meio do "retrofit". Para Angelica Arbex, diretora de marketing da Lello Condomínios, cabe aos síndicos dos condomínios planejar as obras de melhoria necessárias para conservar ou aumentar o valor dos seus imóveis. Além disso, os síndicos são os responsáveis por convencer os condôminos a investir em melhorias para a manutenção dos imóveis.
Com o retrofiting de prédios antigos, a Prefeitura de São Paulo espera modernizar edifícios construídos anteriormente a 1992. A ampliação da área construída dessas edificações em até 20% é permitida, utilizando as áreas que antes não eram computáveis ao empreendedor.
A intenção de compra de imóveis no Brasil
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